quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Da tarde chuvosa a bloggar.

2egundo: Dialogo um.
*Fruto da aula de Escrita criativa em peças de Teatro [Ufba]



Baseado no som de Ella Fitzgerald

Ao meio-dia tomada pelo temporal, ela a se molhar deparou com um desconhecido:

- Aceita a carona no guarda-chuva?

- Pelo amor aos livros e ao mal das roupas encharcadas, bem que aceito!

- Pois torci para o dia chuvoso.

- Credo. Não estava preparada, como tudo mudou num repente.

- Infernal seria aquele sol imenso a despejar gotas de suor.

Ela riu baixo, em silêncio, como quem pensa:

- Esta na cidade errada meu caro.

E ele prosseguiu:

-Sobre esse dilúvio as ruas ficam mais belas, imensas em seu deserto e sublime em suas cascatas de água.

Ainda sobre a égide do sarcasmo ela engatou no instante:

- Onde você vê cascatas eu vejo escadas tortuosas e bueiros desbaratados.

- Muda essas lentes menina, nada tão límpido como essa água a lavar a alma e o chão dessa terra.

- Obrigado pela carona, fico aqui, forasteiro da realidade, mas cuidado, quando vir um lago pode ser um esgoto.

E saiu ele só, sentindo o desgosto, dela!

Glauber Albuquerque

Um dia de chuva pra bloggear...


Primeiro:

Reportagem sobre As Flores Mortas do Palhaço,
grupo de poesia que postei o breve memorial.

http://pmoraes.wordpress.com/2009/07/20/flores-que-brotam-com-a-arte/

A matéria por Pedro Moraes para um jornal da época.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Como quem escreve pro diário.

Que dia fantástico de silêncio e emoções
Uma solidão contida de infinito,
Um saber lidar com o dia mudo sentindo-se soberbo
O bem querer, o prazer, a sensibilidade e até o gozo
Solitário.

Um filme para acalmar à tarde que surpreende,
A chuva torrencial chega à tardinha levantando o cheiro
De terra molhada, deixando o início da noite ainda mais cinematográfico
Sem Controle que se encerra, e todo controle sobre o bem-estar parece
estar como outrora em prece. Agora alcançado.

Dia bom, dia calmo, depois de uma desbaratada bebedeira de quarta a noite da ainda vida universitária.
Dia bom, renegando o frete sorrateiro e maldoso da menina,
Renegando as balburdias e os zunidos de abelhas e até dos amigos cotidianos
A boca muda, o coração palpitante só poderia então: Escrever.
Que dia bom, estou vivo em mim mesmo!

Glauber Albuquerque
Após assistir o filme Sem Controle